segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Algumas perguntas e respostas

Por meses temos trabalhado na leitura e mesmo assim nossa filha ainda não se interessou. No que estamos errando?

A Dra. Mary Manz Simon, educadora infantil, diz: “O erro mais comum que os pais cometem é esperar que o hábito da leitura ocorra da noite para o dia. Até que a criança esteja realmente pronta, isso não ocorrerá.

“O outro erro comum é gastar dinheiro em recursos auxilia-res para a leitura. Poupe seu dinheiro! Antes, leia as man-chetes do jornal diário. Dê à criança um lápis de cor para fazer um círculo na palavra ‘Deus’ todas as vezes que a en-contrar no informativo da igreja. No aniversário ou no Natal, dê-lhe de presente a assinatura de alguma revista infantil, como por exemplo Nosso Amiguinho. Ajude sua filha a ler o verso da caixa de cereais. Tudo isso é leitura e excelentes ferramentas”.

Não importa que livro eu escolha, meu filho diz que ele é “chato”.

Tenha paciência e esteja disposto a permitir que seu filho escolha seu material de leitura. Não pude acreditar quando meu próprio filho, que dias antes havia dito que a leitura era algo “chato e perda de tempo”, sentou-se mais de uma hora para ler livros de excelente qualidade.

Os filhos de minha vizinha lêem muito, mas ela disse que teve de vender sua televisão a fim de que eles coo-perassem. Deveria vender também a minha televisão?

Não há problema em assistir à televisão de forma equilibra-da. Mary Leonhardt faz a seguinte sugestão: “Limite o local de assistir televisão à sala. A televisão na cozinha ou no quarto da criança torna-a muito acessível. Evite a TV a cabo. Com menos possibilidades de escolha seu filho verá na leitura uma opção mais apelativa”.

Como posso separar mais tampo para leitura em nosso dia muito atarefado?

Você não precisa de mais tempo, apenas reorganizar as atividades diárias a fim de incluir a leitura. Meu filho pede para ler a lista de compras de supermercado e risca os itens que colocamos no carrinho. Uma amiga pede para seus fi-lhos fazerem uma pesquisa a respeito do local onde irão tirar férias – atrações turísticas, hotéis, etc. As crianças gostam muito de receber cartas e também são motivadas a lerem revistas em quadrinhos. À noite, elas podem ler uma página de um livro e você outra.

Peça a vários amigos e parentes para escreverem cartas para seu filho. Sugira a seu filho para enviar uma mensagem em “código secreto” a um amigo e então o ajude a desen-volver um código simples e a escrever as cartas. Coloque bilhetinhos na sua lancheira. Tudo isso torna a leitura diver-tida, proveitosa e estimulante.

17 MANEIRAS PARA ESTIMULAR A LEITURA



Sandra Byrd

1.      Visitar a biblioteca.

2.      Assistir a filmes clássicos.

3.      Criar um local apropriado para a leitura.

4.      Ouvir livros em edição gravada.

5.      Encenar histórias.

6.      Ser um exemplo de leitura.

7.      Pedir a seu filho para fazer um registro de seus pensamentos e lê-los posteriormente.

8.      Ler em voz alta um capítulo de um livro clássico.

9.      Fazer assinatura de revistas para as crianças.

10.    Ajudar seu filho a escrever e ilustrar seu próprio livro.

11.    Aceitar livros em quadrinhos.

12.    Manter silêncio na hora de leitura.

13.    Buscar interesses especiais por meio da leitura.

14.    Comparecer ao lançamento de um livro.

15.    Dividir livros longos em partes para a leitura.

16.    Visitar livrarias.

17.    Ler livros em série.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A MOTIVAÇÃO E A CRIATIVIDADE COMO FATORES DE APRENDIZAGEM

Freqüentemente ouve-se dizer que nós educadores padecemos de falta de motivação e criatividade para o ensino. Nossa formação ou a falta adequada, os baixos salários que recebemos, nossa desvalorização no contexto social, as precárias condições materiais de nossos educandários, exigüidade de espaço e tempo (às vezes temos que trabalhar em várias turmas em duas ou três escolas), isso nos leva a não nos interessarmos por inovações, conseqüentemente, são baixos os índices de aprendizagem e os alunos são os mais prejudicados. É claro que os alunos são desmotivados a aprender a uma série de problemas, principalmente se é baixo o poder aquisitivo do país, baixas são as condições de vida, o aluno não pode estudar com mais recursos, o aluno não vislumbra um futuro promissor e seus problemas acrescidos dos mencionados aos professores, fatalmente redundarão em baixas aprendizagem ou até na desistência de estudar. Assim, a motivação e a criatividade no processo ensino-aprendizagem constitui-se uma parte essencial na educação e está relacionada com todo o fazer pedagógico, pois de seu desenvolvimento e resultados depende a prática educativa do educador e seu posicionamento frente à filosofia de trabalho adotada. A maneira como os alunos são motivados reflete toda uma concepção de Educação. Levando em consideração o fato de que, no contexto escolar, os educadores têm apresentado uma desarmonia no que diz respeito à motivação em relação ao aluno, debatendo-se entre concepções teóricas obtidas em cursos de formação, especialização ou de atualização e a prática em sala de aula, que se baseia em uma pedagogia tradicional, arraigada ao estabelecimento de quantificações e à aplicação de instrumentos rígido. No processo ensino aprendizagem acredita-se que a motivação e a criatividade devem estar presente em todos os momentos. Cabe ao educador facilitar a construção do processo de formação, influenciando o aluno no desenvolvimento da motivação da aprendizagem.Sabemos que precisamos motivar nossos alunos para o ensino, e para isso necessitamos estar motivados e amar a profissão que escolhemos. Portanto, nós educadores somos elementos importantes para provocar reflexões e mudanças neste cenário, pois como profissionais e comprometidos com a qualidade do processo educativo, temos por atribuição buscar melhorias, junto à escola e ao governo. Devemos, assim buscar orientar através de estratégias e técnicas educacionais para que o aprimoramento, o fazer pedagógico alcance êxito no objetivo de promover o crescimento do educando e a aquisição do conhecimento científico através da motivação. Acreditamos que a motivação e a criatividade no educando aumenta a possibilidade de o indivíduo tornar-se mais crítico e capaz no exercício da cidadania, cabe a nós e a escola a promoção da mesma. O Brasil ronda o septuagésimo entre os países com má distribuição de renda e por mais que se tenha empenho com campanhas de conscientização nacional, ainda somos o terceiro país Latino-Americano em índice de analfabetismo. A escola é a principal agência de alfabetização e defensora do acesso de todos os cidadãos ao patrimônio cultural da humanidade. A transmissão e a aquisição letrada deve ser feita da maneira a promover satisfação e vitalidade, cabe ao educador promover a aquisição e o cultivo da prática, motivação e criatividade para que esses objetivos sejam alcançados.

MARIA ILONE MOREIRA- PSICOPEDAGOGA